Ele reunirá os eleitos de Deus de uma extremidade a outra da terra.

O evangelho do próximo domingo (18/11/2018) parece-nos um daqueles disparates extraordinários que só ouvimos falar, mas que é algo distante das realidades poupaveis.

Não é nada fácil entender os adventos previstos por Deus, já que o tempo para ele não é como para nós. Ao passo que somos de certa forma escravos do tempo, Deus é o criador do tempo, logo, o tempo para ele não funciona como para nós. Se verificar-mos a missa, teremos esta constatação.

A Santa Missa é a renovação do sacrifício no Calvário. É o mesmo e único sacrifício infinito de Cristo. Entretanto, no Calvário, fora feito por Nosso Senhor de forma cruenta, com derramamento de sangue, já que na Santa Missa, esse mesmo sacrifício é renovado de forma incruenta. Isto é, revivemos o sacrifício de Jesus Cristo fixado no tempo, porém sem o derramamento de sangue. Na Santa Missa Nosso Senhor Jesus Cristo se imola novamente para nossa salvação, como fizera no Calvário, embora na Santa Missa, sem sofrimento físico.

Aos que o temem, Cristo deixou uma lembrança das suas maravilhas cheia de misericórdia e bondade (Sl 110)

Podemos constatar que a Missa é uma imagem antecipada do céu; nela se adora o mesmo Deus; em seu santuário se reúnem seus filhos e nela vemos o mesmo que é visto no céu, as orações, os cânticos, os perfumes; anjos circundando o altar, santos que o sustentam, toda a Igreja, toda a cidade de Deus oferecida por Jesus Cristo e unindo-se a Deus.

Nos versículos 24 e 25, Jesus relata vários acontecimentos extraordinários que antecedem sua vinda. E após isso cita no versículo 27 que:

"Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus,  de uma extremidade à outra da terra".

Ele reunirá os eleitos de Deus de uma extremidade a outra da terra.

Quem são estes eleitos?  

Talvez a Visão de João em Apocalipse nos ajude a entender:

"Depois disto, vi uma grande multidão que ninguém poderia contar, de todas as nações e tribos, e povos, e linguas, que estavam em pé diante do Cordeiro, revestidos de vestiduras brancas, e com palmas nas suas mãos; e clamavam em voz alta dizendo: "A salvação (deve-se) ao nosso Deus, que esta sentado sobre o trono e ao Cordeiro.´ (Apocalipse, IX, 9-10)

Quem seria esta multidão que São João viu em sua visão do céu? A multidão são os santos, ou seja, aqueles que foram salvos por Nosso Senhor Jesus Cristo (o Cordeiro) e que povoam o céu. A veste branca significa pureza, ou seja, não existe pecado nem mácula nos santos que estão no céu. As palmas que tinham à mão significa a vitória sobre o pecado e sobre o demônio.

"Estes são aqueles que vieram da grande tribulação, e lavaram os seus vestidos, e o embranqueceram no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem dia e noite no seu templo" (Apocalipse, IX, 14-15).

Os santos, foram remidos pelo sangue de Cristo, e que "estão diante do trono de Deus", ou seja, no céu, e o servem dia e noite. E eles auxiliam a Deus (O servem dia e noite) intercedendo pelos que estão na vida terrena, ou seja, por nós.

Veja, podemos então experimentar uma visão futura de João, uma promessa de Jesus e controle de Deus sobre o tempo de praticamente uma vez.

A igreja desde os Primeiros padres ensina que o livro do Apocalipse é a chave para se entender a Santa Missa, e seus acontecimentos que seriam vindouros são também o que podemos experimentar na renovação do sacrifício do Calvário, ou seja, no hoje, no agora. Intriga-me tal versículo:

"Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça." (Mc XIII, 30)

Podemos entender que Jesus falava da geração do povo de Israel e sua posteridade, ou em modos práticos que falava da geração que estivesse vendo estes sinais, porém podemos ver também como a fixação no tempo que a Missa nos dá, logo esta geração poderia ser toda criação que perdura durante a existência como único ponto comum entre o céu e a terra, a renovação do sacrifício.

Não sabemos a hora e nem quando "Ele há de vir e julgar os vivos e os mortos." Porém para O Dono do tempo, este pode acontecer de forma completamente diferente do que nosso entendimento, ainda muito limitado sobre o poder de Deus, consegue entender. Visto que vemos tantas guerras e falsos profetas desde sempre!

A nós, cabe como instruído pela Igreja, irmos à missa, para lá, encontrar as multidões do Céu, unindo-nos ao reino de forma extraordinária, com fé no coração e com a busca pela razão através da sabedoria que o próprio Senhor do tempo nos deu.

Se for tocar/cantar nessa missa deste 33º domingo do tempo comum - Ano B, dia 18/11/2018), aqui estão as nossas sugestões de músicas:

>>Sugestões de música para a missa do 33º domingo do tempo comum - Ano B

E se for cantar o salmo, também gravamos uma melodia que pode te ajudar, confira aqui:

>>Melodia para o SALMO 15 - GUARDAI-ME, Ó DEUS, PORQUE EM VÓS ME REFUGIO.

Que Deus nos abençoe!

Maikon Máximo

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